A Catedral de São José ainda em obras |
Texto
e pesquisa: Francisco Aleluia[1]
Ao aproximarmos
dos 113 anos de emancipação político-administrativa da nossa cidade, Itabuna, em
dia 28 de julho (2023), destaco um fato de nossa história, mais marcadamente
sobre Maria Laura Conceição, de quem surgiu a iniciativa para a construção da
nova Igreja Matriz de São José, temos registros de que partiu dessa mulher do
povo, dona Maria Laura Conceição, uma costureira devota radicada na cidade de
Itabuna no ano de 1920.
Dona
Senhora, como era carinhosamente conhecida, era uma católica fervorosa e devota
de São José. Segundo a escritora Adriana Dantas Andrade-Bteust, em seu livro
Itabuna, História e Estórias, pela Editus (2003), dona Senhora "[...] defendia
o ponto de vista de que a cidade necessitava de uma igreja matriz maior, que
pudesse acolher grande número de fiéis." (ANDRADE-BTEUST, 2003, p. 113).
E
assim se começou uma forte campanha para a construção da atual Catedral de São José,
com realização de festas e campanhas como a Campanha do Saco de Cacau e a
Campanha do Cruzeiro. A campanha do Saco de Cacau foi uma das que "[...]
mais surtiu efeito (Idem, pág. 135). Segundo a autora, antes a imagem do
padroeiro de Itabuna estava guarnecida na Igreja de Santo Antônio, na avenida
do Cinquentenário.
A Catedral de São José
O
início das obras se deu no ano de 1943 e levou 16 anos até a sua inauguração, em
1959. Não houve festa. A Srª Maria Laura Conceição encontrava-se na capital do
Estado em tratamento de saúde. A Catedral de São José passa, então, a ser
"[...] uma das mais importantes igrejas do interior do Estado."
(FOGUEIRA, 2011, p. 151).
Hoje,
o nome de D. Maria Laura da Conceição está cravado na praça que fica em frente
à Catedral e que, merecidamente, recebe o seu nome.
Curiosidade:
Em agosto do ano de 2020, o busto erguido em homenagem a Laura Conceição foi
roubado da área externa da Catedral. O fato foi notícia no G1 e em toda a
região.
FONTE:
-
ANDRADE-BREUST, Adriana Dantas. Itabuna: história e estórias - Ilhéus, Ba:
Editus,
2003.
-
FOGUEIRA, Manoel Bomfim. Ensaios históricos de Itabuna: o jequitibá da
Taboca,
1849-1960 - 2ª Ed. rev. e ampl. - Ilhéus: Editus, 2011.
[1]
Francisco Aleluia é funcionário publico estadual e graduado em História.
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